DOS OLHARES EM QUE INSISTO
Ando pela rua provocando olhares
Até que se desviem do meu - tão insistente
Mulheres, homens, velhos... crianças.. ateus, crentes
Olhares sãos e dementes... desejosos e indiferentes
Irritados, complacentes... cegos talvez pra sempre
E por certa vaidade ou defesa disfarçada
Não baixo meus olhos antes de que o outro se recolha
Preciso espelhar-me sempre nos olhos que se aproximam
Para assim reconhecer-me e ainda saber-me pleno
... e desconfio de um eu
Provocador e sedento
Por rostos que não ostentem
O medo de nossos dias.
Medo até de embaraçar-me num olhar desavisado
Que revele alma tristonha de algum formigueiro urbano
De claustrofóbica densidade... e de tantos homens tristes
Exilados de si mesmo por frustrações somadas
e sonhos subtraídos dos cenários do passado
Olho teus olhos agora, não pra querer desvendá-los
Mas por essa desconfiança que há muito me acompanha
De que sorrisos gratuitos que já não se usam hoje
Possam ser ressuscitados por olhares desnudantes
Mas não desisto de usar os meus olhos como arma
Não de sedução barata e piscadelas ensaiadas
Mas como dossiês da verdade... de meu amor pelos homens
E mulheres já cansadas de pensarem que precisam
Da sedução embalada em frascos e adereços
E só buscam muitas vezes... ter suas almas desveladas
E seus corpos
Bem tratados por homens atrapalhados
Quase sempre ocupados
Em cortar cordão antigo... de mães muitas vezes mortas
Mas ditando atos e formas... restrições e saudades
dessas paralisadoras... das quais nos
escondemos.
Ando pela rua provocando olhares
Até que se desviem do meu - tão insistente
Mulheres, homens, velhos... crianças.. ateus, crentes
Olhares sãos e dementes... desejosos e indiferentes
Irritados, complacentes... cegos talvez pra sempre
E por certa vaidade ou defesa disfarçada
Não baixo meus olhos antes de que o outro se recolha
Preciso espelhar-me sempre nos olhos que se aproximam
Para assim reconhecer-me e ainda saber-me pleno
... e desconfio de um eu
Provocador e sedento
Por rostos que não ostentem
O medo de nossos dias.
Medo até de embaraçar-me num olhar desavisado
Que revele alma tristonha de algum formigueiro urbano
De claustrofóbica densidade... e de tantos homens tristes
Exilados de si mesmo por frustrações somadas
e sonhos subtraídos dos cenários do passado
Olho teus olhos agora, não pra querer desvendá-los
Mas por essa desconfiança que há muito me acompanha
De que sorrisos gratuitos que já não se usam hoje
Possam ser ressuscitados por olhares desnudantes
Mas não desisto de usar os meus olhos como arma
Não de sedução barata e piscadelas ensaiadas
Mas como dossiês da verdade... de meu amor pelos homens
E mulheres já cansadas de pensarem que precisam
Da sedução embalada em frascos e adereços
E só buscam muitas vezes... ter suas almas desveladas
E seus corpos
Bem tratados por homens atrapalhados
Quase sempre ocupados
Em cortar cordão antigo... de mães muitas vezes mortas
Mas ditando atos e formas... restrições e saudades
dessas paralisadoras... das quais nos
escondemos.
Cado Selbach
3 comentários:
Forte texto... verdades bem ditas em dores benditas que todo aquele que enxerga com a alma consegue ver e sentir...
Um olhar seduz, deduz, traduz, induz... ações e reações, e não nos confunde jamais!!
Lindo Blog, parabéns!!
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