SUBVERSÃO - POEMA BARATO
Escrevo poemas
Assim como quem dança
Pra exorcisar
Toda chatice
E todo o peso que há em mim.
E o poema sai assim...
Meio torto
Meio poema
Vivo morto
De dar pena!
Dança sem ritmo
Erra na divisão
"Bambeia..bamboleia"
Trôpego... travado
Quero-o rasteiro
- Às vezes -
Ainda que o chão não seja
meu território preferido
Quero que insinue verdades
E conte algumas mentiras
Mentiras sobre minhas verdades
E verdades sobre minhas mentiras
Meu poema ri da anarquia
Por desobedecer até suas anti normas.
E em desobediência delirante
Anda em círculos... se retro-alimenta
E tropeça em emoções baratas
Poema Barato...
Em liquidação: leia um, leve dez.
Cheio de truques baratos
Poema pra dar barato.
Anti-poema
E quero seguir assim..
Meio anti-poeta
Insistente em seu lirismo
De mesa de bar
Em algumas citações decoradas
Hospedaria de meus delírios
Cheio de espaços entre frases tortas
Rasteiras
Ligeiras e fugidias...
Quero meu poema em tua gaveta
Amassado...
Sublinhado...
Escrito à mão!
Quero que silencie
Tuas chatices
E intelectos pretensiosos
E que te roube as armas que carregas
Que preserve sua ternura
E te liberte de conceitos
Que vá morar em tua memória
Cheio de versos esquecidos
Quero que deslize
Rio abaixo...
E ria de obstáculos
Que exista sem permissão!
E que um dia te encontre
"pra te explicar o que feriu"
E dizer do que não vingou.
Cado Selbach
Escrevo poemas
Assim como quem dança
Pra exorcisar
Toda chatice
E todo o peso que há em mim.
E o poema sai assim...
Meio torto
Meio poema
Vivo morto
De dar pena!
Dança sem ritmo
Erra na divisão
"Bambeia..bamboleia"
Trôpego... travado
Quero-o rasteiro
- Às vezes -
Ainda que o chão não seja
meu território preferido
Quero que insinue verdades
E conte algumas mentiras
Mentiras sobre minhas verdades
E verdades sobre minhas mentiras
Meu poema ri da anarquia
Por desobedecer até suas anti normas.
E em desobediência delirante
Anda em círculos... se retro-alimenta
E tropeça em emoções baratas
Poema Barato...
Em liquidação: leia um, leve dez.
Cheio de truques baratos
Poema pra dar barato.
Anti-poema
E quero seguir assim..
Meio anti-poeta
Insistente em seu lirismo
De mesa de bar
Em algumas citações decoradas
Hospedaria de meus delírios
Cheio de espaços entre frases tortas
Rasteiras
Ligeiras e fugidias...
Quero meu poema em tua gaveta
Amassado...
Sublinhado...
Escrito à mão!
Quero que silencie
Tuas chatices
E intelectos pretensiosos
E que te roube as armas que carregas
Que preserve sua ternura
E te liberte de conceitos
Que vá morar em tua memória
Cheio de versos esquecidos
Quero que deslize
Rio abaixo...
E ria de obstáculos
Que exista sem permissão!
E que um dia te encontre
"pra te explicar o que feriu"
E dizer do que não vingou.
Cado Selbach
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