DA INQUISIÇÃO NEGADA
Há uma caverna em meu peito!
De onde ecoam tambores
Que quase me ensurdecem
Feito orquestra de malditos
Descompassada e nervosa
Rouba o ar - já tão escasso
E me criva de perguntas
Frente as quais sempre calo
Há muito já desisti de entender-me nessas horas
Nas quais vislumbro a imagem de um pássaro angustiado
Enjaulado no meu peito a corroer-me as entranhas
Parecendo em alguns dias querer carta de alforria
São dias insustentáveis... de raiva e melancolia
Na ciranda alucinada de afetos em entropia
Em dança quase macabra de bruxas alucinadas
E um tanto desavisadas dos loucos inquisidores
E é nessas horas sem tempo que caminho pra fogueira
Talvez pra tornar-me cinza do que não fui e anseio
E libertar chamuscado o pássaro que me habita
E há muito anda calado, com ares de desconfiança
No tal macabro silêncio que precede algo sinistro
E os pensamentos revoltos qual cabelo solto ao vento
Jogam-me pra todo lado... flor de algodão à deriva
Pra que quem sabe enfim entenda a imperiosa potência
Dos semi-domesticados demônios de minha infância
São horas em que calar-se não resulta em bom silêncio
Mas num navegar contínuo sem bússola nem sentido
Ouvindo o quebrar das ondas no casco já desgastado
De minha nave dos loucos na qual passeio sozinho
Há uma caverna em meu peito!
De onde ecoam tambores
Que quase me ensurdecem
Feito orquestra de malditos
Descompassada e nervosa
Rouba o ar - já tão escasso
E me criva de perguntas
Frente as quais sempre calo
Há muito já desisti de entender-me nessas horas
Nas quais vislumbro a imagem de um pássaro angustiado
Enjaulado no meu peito a corroer-me as entranhas
Parecendo em alguns dias querer carta de alforria
São dias insustentáveis... de raiva e melancolia
Na ciranda alucinada de afetos em entropia
Em dança quase macabra de bruxas alucinadas
E um tanto desavisadas dos loucos inquisidores
E é nessas horas sem tempo que caminho pra fogueira
Talvez pra tornar-me cinza do que não fui e anseio
E libertar chamuscado o pássaro que me habita
E há muito anda calado, com ares de desconfiança
No tal macabro silêncio que precede algo sinistro
E os pensamentos revoltos qual cabelo solto ao vento
Jogam-me pra todo lado... flor de algodão à deriva
Pra que quem sabe enfim entenda a imperiosa potência
Dos semi-domesticados demônios de minha infância
São horas em que calar-se não resulta em bom silêncio
Mas num navegar contínuo sem bússola nem sentido
Ouvindo o quebrar das ondas no casco já desgastado
De minha nave dos loucos na qual passeio sozinho
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