PRA QUE QUEM SABE ADORMEÇAS
Esse ar de desamparo que ostenta teus verdes olhos
Aciona em mim o desejo de proteger-te pra sempre
De compensar tuas perdas e de desenhar cenários
Pra que passeies teu corpo em atos de liberdade
Esse tanto de tristeza que exprime os teus gestos
Constela em mim a vontade de desenhar-te sorrisos
Pra que andes pelas ruas a desfilar gentilezas
Amparado na certeza de meu amor libertado
Essa parcela de medo que crispa teu rosto jovem
Atiça em mim o impulso de te cobrir de alegria
Pra que enchas de esperança corações transpassados
Pela flecha dos afetos de amores interditados
Essa porção generosa da raiva que há em teu silêncio
embaralha minhas palavras de consolo e piedade
E por vezes me intimida ante a rudeza dos gestos
De esquiva e antipatia que usas sempre quando foges
Essa substância etérea de que pareces ser feito
Bloqueia todos meus gestos de tentar interpelar-te
Pra desvendar teus segredos e histórias abortadas
E enfim deitar-te em meu colo pra que
- quem sabe? -
adormeças...
Cado Selbach
Esse ar de desamparo que ostenta teus verdes olhos
Aciona em mim o desejo de proteger-te pra sempre
De compensar tuas perdas e de desenhar cenários
Pra que passeies teu corpo em atos de liberdade
Esse tanto de tristeza que exprime os teus gestos
Constela em mim a vontade de desenhar-te sorrisos
Pra que andes pelas ruas a desfilar gentilezas
Amparado na certeza de meu amor libertado
Essa parcela de medo que crispa teu rosto jovem
Atiça em mim o impulso de te cobrir de alegria
Pra que enchas de esperança corações transpassados
Pela flecha dos afetos de amores interditados
Essa porção generosa da raiva que há em teu silêncio
embaralha minhas palavras de consolo e piedade
E por vezes me intimida ante a rudeza dos gestos
De esquiva e antipatia que usas sempre quando foges
Essa substância etérea de que pareces ser feito
Bloqueia todos meus gestos de tentar interpelar-te
Pra desvendar teus segredos e histórias abortadas
E enfim deitar-te em meu colo pra que
- quem sabe? -
adormeças...
Cado Selbach
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