OBS(CENAS)
Picho o muro de teus dogmas
Com palavras obscenas
Provocando teu tesão sempre contido
A explodir em ato de profanidade
Profano teu jardim sagrado
Com cenas roubadas de velhas histórias
De mitos atemporais e seus deuses sem limites
Umedeço teus lábios ressecados
Com a saliva e a lascívia de minha boca
Com a saliva e a luxúria de minha alma
Com a saliva e os limites...
De meu corpo
Penetro-te qual raio na clareira
E grito tua vontade represada
E gozo de teus modos recatados
E gozo de teu medo de entregar-se
E gozo...
E o gozo desce as dobras de teu corpo
Serpente fertilizando tua pele
Qual leite pra salvar-te de tua fome
E ao ver-me tão seguro em teu domínio
Entendo que se assim então me imponho
Pra esconder menino amedrontado
Do visco que fusiona nossas peles
E me faz perguntar, ouvindo Chico:
Com que pernas sigo o rumo desta estrada?
E pra não me perder em nosso enlaço
Rápido enlaço meu cavalo alado
E num delírio de homem complicado
Acordo em tuas pernas enlaçado!
Cado Selbach
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Um comentário:
Ah... me umedeço em teu gozo
A cada leitura tua o prazer de ler
Teus delírios se torna mais gostoso
E fico sem saber o que dizer...
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