DO ESCREVER
Escrevo para salvar-me de mim mesmo
E desnudar despudorado, a pele de meus segredos
Escondidos entre imagens e metáforas confusas
Que juntas tonalizam meu dossiê de angústia e medos.
E esse medo recorrente de perder-me entre palavras
E deixar que transpareçam meus segredos mais contidos
Atrapalha o espontâneo fluxo dos pensamentos
E me faz assim - constricto - titubeante e recolhido
Mas não desisto tão fácil de versejar minha vida
Rasgando a fibra do tempo a contemporizar afetos
Que se espreitam entre palavras sopradas por meu eu-lírico
A acordar temas antigos de amores abortados
E por saber o quão tênue é a linha que me separa
Das cavernas abissais de meu sótão de memórias
Vou deixando transformar-me a cada verso que expulso
Até mergulhar no lago de minhas insanidades
E insano qual soldado recém voltando da guerra
Visto a alma de poeta com as sobras da memória
E escrevo minha vida qual ficção caprichada
Agarrando-me às bordas de minhas poucas verdades
Escrevo para salvar-me de mim mesmo
E desnudar despudorado, a pele de meus segredos
Escondidos entre imagens e metáforas confusas
Que juntas tonalizam meu dossiê de angústia e medos.
E esse medo recorrente de perder-me entre palavras
E deixar que transpareçam meus segredos mais contidos
Atrapalha o espontâneo fluxo dos pensamentos
E me faz assim - constricto - titubeante e recolhido
Mas não desisto tão fácil de versejar minha vida
Rasgando a fibra do tempo a contemporizar afetos
Que se espreitam entre palavras sopradas por meu eu-lírico
A acordar temas antigos de amores abortados
E por saber o quão tênue é a linha que me separa
Das cavernas abissais de meu sótão de memórias
Vou deixando transformar-me a cada verso que expulso
Até mergulhar no lago de minhas insanidades
E insano qual soldado recém voltando da guerra
Visto a alma de poeta com as sobras da memória
E escrevo minha vida qual ficção caprichada
Agarrando-me às bordas de minhas poucas verdades
Cado Selbach
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