quarta-feira, 1 de junho de 2011

SOBRE RELIGIÃO, PERVERSÃO E ÓDIO ENRUSTIDO:

SOBRE RELIGIÃO, PERVERSÃO E ÓDIO ENRUSTIDO:

Assistindo televisão (porque mesmo insisto em fazer isso?) deparo-me com uma reportagem sobre o posicionamento da esmagadora maioria dos evangélicos petencostais e alguns gruposda arrogante igreja católica. Tais seres desprovidos de consciência crítica e capacidade de amar o que lhes parece estranho reuniram-se em marcha, em Brasília, para protestarem contra a lei anti-homofobia. O asqueroso argumento destes sujeitos ignorantes é o do direito à livre expressão. Em síntese: as pessoas não podem ser criminalizadas por atentarem contra a integridade moral dos homossexuais. É surreal pensar que houve quem organizasse tal marcha; um grupo que dedicou um tempo significativo para reunir ignorantes, psicopatas, enrustidos, cafajestes e criminosos. Uma reunião que ameaça a continuidade das conquistas que progressivamente vamos obtendo em nossa sociedade, tão jurássica em sua moral hipócrita e perversa. O que faz um cidadão (e eis aqui uma ironia, pois não os considero cidadãos) sair de sua casa para se erguer contra um grupo que tenta minimizar o efeito destrutivo da homofia em grande parte da história da humanidade? O que os faz entoarem seus hinos bregas e constrangedores, vomitados com fúria diante do risco de não mais poderem se erigir contra os gays? Basicamente porque suas sexualidades tão plurais e complexas quanto as nossas os fazem tremer os joelhos e experimentar outras reações físicas automáticas quando se vêm confrontados com a não linearidade de seus desejos. Dito de modo mais objetivo e raivoso (afinal eles são especialistas em produzir medo nos seus seguidores e raiva nos seus oponentes)...

Se existe um Deus que de alguma forma se aproxime deste que eles inventaram, que se apiede de suas almas e espíritos não evoluídos. E que um dia aprendam a não terem medo de sentir prazer.

Durmo com um pouco de vergonha, hoje, de não ser um inocente animal irracional. Sinto pena deste povo esquisito e comumente feio... destituídos de qualquer senso de humanidade.

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