sábado, 25 de junho de 2011
"Morcego de Estimação"
Morcego de estimação
Apeguei-me as tuas mentiras como verdades mentidas Nos subtextos confusos de tua vida de show-room E mentiras escondidas nas frestas de tuas verdades Produzem ecos de angústia, desconfiança e solidão E tuas frases de Cassandra, por mim amaldiçoada São versículos profanos do teu álbum de demônios Que inalo feito o éter dos desmaios ensaiados Pra usares fartas doses de teu cristal japones E chorares- "de mentira" -tua dor tão de verdade. Tal qual o ruflar das asas Do morcego ensolarado Que ontem mesmo fizeste Teu bicho de estimação... E em meu ar de faz de conta, faz de conta que acredito Na verdade de teus olhos Feito miragens de fogo No teu coração glacial E vou inventando histórias de criança enclausurada No condomínio fechado De um peito sempre em reformas E a tristeza segue firme Como saco de cimento Alicerçando a certeza Da inevitável queda Implosão quase invisível Sem escombros... Só silêncio. Só silêncio- sem escombros - Só o silêncio das manhãs.
Cado Selbach:
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Um comentário:
oi querido, peguei uma frase desse seu poema e coloquei no meu Face, bjokas
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